Ana Carolina
Que curtia uma vida matutina
resolve se mudar
foi pro morro, no samba se acabar
e quis assim se encontrar,
só queria farrear
hoje é menina feita
na noite batizada
sabia das jogadas
e da vida, já sabe se cuidar
sábado, 5 de outubro de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Foi um grande turbilhão, daqueles de virar navios
Afundar quadros, afogar conquistadores
Foi trovão no campo, ribombando até sangrar, dilacerar e consumir
Luz forte, escuridão densa, vazia sufocante
Foi paz e ódio, acordos deshonrados, martírios em vão
Quis tentar mas não podia, longe girando, achado no vortéx
Foi palavras erradas, momentos certos, lágrimas colhidas
Corações partidos, seios confortantes mas doloridos
Foi tudo que há de bom no mal
Foi uma esperança, foi...
Afundar quadros, afogar conquistadores
Foi trovão no campo, ribombando até sangrar, dilacerar e consumir
Luz forte, escuridão densa, vazia sufocante
Foi paz e ódio, acordos deshonrados, martírios em vão
Quis tentar mas não podia, longe girando, achado no vortéx
Foi palavras erradas, momentos certos, lágrimas colhidas
Corações partidos, seios confortantes mas doloridos
Foi tudo que há de bom no mal
Foi uma esperança, foi...
terça-feira, 30 de outubro de 2012
As vezes paramos para pensar:
O que seria a vida?
Seria a cor de pele,
A dor de dente?
O toque dormente dos lábios,
O veludo da língua?
Seria o canto do indivíduo,
O lápis do marceneiro?
A guinada do desditoso,
ou a fortuna do abastado?
As vezes paramos para pensar
No que seria a vida.
Sem ao menos ver o horizonte
Diante de ti, reflexivo sol
Queimando sua testa em flores
Desabrochando chão em campos.
As vezes pensamos para parar:
A vida, em que seria?
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Ó desilusão!
Inquieta meu ser de pensamentos desconexos
Trava minha alma com seus grilhões ígneos
Afundando cada pé, cada mão
Cada fio de cabelo em lamas de sal e água
Ó desilusão
Que cria monstros
Que torna lívido dores
Que me faz cinzas
Ser como o picadeiro na derradeira hora
Quando faz a alegria saltitar
Pelo vasto vazio cardíaco do rufião
Tingindo de carmim a face manchada
Seria breve, seria até quando durasse
Nesse duro muro de papel laminado
Com seus paus e ouros
Deixa-me desnorteado
Orientado pelo celeste negro
Apenas por deixar
Ó desilusão...
Inquieta meu ser de pensamentos desconexos
Trava minha alma com seus grilhões ígneos
Afundando cada pé, cada mão
Cada fio de cabelo em lamas de sal e água
Ó desilusão
Que cria monstros
Que torna lívido dores
Que me faz cinzas
Ser como o picadeiro na derradeira hora
Quando faz a alegria saltitar
Pelo vasto vazio cardíaco do rufião
Tingindo de carmim a face manchada
Seria breve, seria até quando durasse
Nesse duro muro de papel laminado
Com seus paus e ouros
Deixa-me desnorteado
Orientado pelo celeste negro
Apenas por deixar
Ó desilusão...
terça-feira, 26 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Cores
Cascalho, pedra e sabão
Vendi meus olhos para pagar minha língua
E vi as coisas que perdi falando
Não paro de desenhar esses sons
Cores se misturam docemente com o ar
Bailam pássaros e borboletas
E um urubu enamora-se da mariposa
Construi a rua por qual andei
E levantei esse muro aí
Sempre lavo para não secar
Mesmo assim não sei dizer
Se aquele preto é tão cinza amarronzado
A ponto de me fazer olhar no céu
terça-feira, 15 de março de 2011
Cansei de fazer poemas
Cansei de fazer poemas
tanto porque poemas não se fazem
eles chegam assim, como do nada
se instalam na cabeça ou no coração
ai depois você os passa para o papel
e eles dizem algo sobre algo
que muitas vezes você nem sente mais
ou até sente demais
então eles deixam esse gostinho
de coisa que aconteceu acontecendo
sem ter meio ou fim
mas sempre no começo
tanto porque poemas não se fazem
eles chegam assim, como do nada
se instalam na cabeça ou no coração
ai depois você os passa para o papel
e eles dizem algo sobre algo
que muitas vezes você nem sente mais
ou até sente demais
então eles deixam esse gostinho
de coisa que aconteceu acontecendo
sem ter meio ou fim
mas sempre no começo
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