segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lágrima

Desce uma lágrima sobre minha face
Escorrendo tal qual véu em núpcias
Lava a cada centímetro uma vergonha
Uma dor ou um sorriso
E continua descendo
Talvez brote mais outra
Ali no cantinho, tímida
Sem perceber cessa a primeira
Traçando um arco nessa planície rosada
Corada de desejo e agonia

domingo, 13 de setembro de 2009

A essa altura, o que mais pode acontecer?
É tudo pequeno, espaçoso, grande
Vai e vem, leva aquilo que vos prende
É como entender que cada porção
Faz parte de um todo muito menor
Não havendo reação, chega a desatar
Abrandar o vazio que sente
Ficando meio estático, sereno
Aquela tempestuosa sensação de tranquilidade
Donde descobre-se o turbilhão
Chegando bem devagar, abrindo em sua volta