quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cores

Cascalho, pedra e sabão
Vendi meus olhos para pagar minha língua
E vi as coisas que perdi falando
Não paro de desenhar esses sons
Cores se misturam docemente com o ar
Bailam pássaros e borboletas
E um urubu enamora-se da mariposa
Construi a rua por qual andei
E levantei esse muro aí
Sempre lavo para não secar
Mesmo assim não sei dizer
Se aquele preto é tão cinza amarronzado
A ponto de me fazer olhar no céu